Uma tasca daquelas à moda antiga, onde somos atendidos a ouvir o sotaque do norte. A primeira vez que vim cá, não pude deixar de reparar na forma como um dos pratos estava escrito no cardápio: as «fêveras» de porco, que são um mimo! Pouco depois, observei outro pormenor pitoresco no corredor para a casa de banho: um alguidar gigante, cheio de batatas descascadas e prontas a fritar. No entanto, e para grande pena minha, voltei lá recentemente e do tal alguidar não havia nem sinal. Como seria de esperar, o vinho tinto da casa é o verdadeiro carrascão — pinta a dentadura como mais nenhum. A comida peca pelo excesso de gordura, não obstante o facto de, pontualmente, até me saber bem um bitoque confeccionado nesta tasquinha e ser recebida pela senhora que é um amor. A juntar a tudo isto: consigo sair daqui com a fome saciada e pagar pouco pelo feito!
Margarida P.
Place rating: 5 Lisbon, Portugal
A noite de sábado no Bairro Alto estava a ser complicada depois do desvario que foi a minha sexta à noite-manhã de sábado. Estava mesmo a precisar de um café, já que não tinha bebido a seguir ao jantar, e lá fui eu perguntar em três casas se me serviam um cafézinho. E lá voltava eu sem cafézinho, pois era tudo a um euro e trinta e ainda fui praticamente insultada por estar a querer tomar um café em restaurantes chiques que não servem café à mesa! No entanto, veio um dos empregados de um dos restaurantes onde tinha ido e que me disse — oh, vai mas é ali ao Zé! E lá fui eu descobrir aquela bela casa que é a Adega da Barroca. A primeira coisa em que reparei foi no tecto cheio de passarinhos feitos com rolhas e pedacinhos de plástico — muito original e bonito! Depois tem uma mezzanine com umas mesinhas para jantar. E, enquanto bebia o meu cafézinho de 60 cêntimos ao balcão e me ria das outras parvas dos outros restaurantes onde tinha estado, tive oportunidade de conversar com o Senhor Zé, com a Dona Celeste e ainda com a filha. Contaram-me que eram do Minho e que tinham vindo de lá fundar a casa há mais de quarenta anos. E falaram-me de como era a vida difícil antigamente. Saí com a promessa de que voltava a comer uma alheira, e vou definitivamente fazê-lo. Para além de já me sentir amiga da casa, os pratos devem ser bons e são extremamente baratos.
Ana O.
Place rating: 4 Lisbon, Portugal
Um restaurante familiar no Bairro Alto, onde se come e bem! Ontem jantei alheira com arroz de cenoura e batata frita caseira e fiquei muito satisfeita! Para sobremesa, bolo de bolacha caseiro! As meias doses são 5 €, e em vez da alheira pode ser frango assado, bife de vaca, costoletas, febras ou peixe assado. O espaço em si não merece grande destaque, mas o atendimento é ótimo, do tipo familiar: o marido grelha e a esposa serve. Bom e barato!