Não sou daquelas pessoas que costuma ir ao sapateiro, mas quando se tratava das minhas botas em pele preferidas, não houve outra alternativa. Estavam com a sola muito gasta, e lá fui ao tradicional sapateiro de Lisboa. Recheado de sapatos de todos os géneros, entreguei também as minhas fantásticas botas. Fui muito bem atendida e as minhas botas ficaram como novas, e eu fiquei muito contente de não ter que gastar um balúrdio por umas novas. Para mim era uma novidade visto que isto foi a primeira vez que frequentei um sapateiro! Fiquei mais que contente e agora que fui uma vez, vou começar a ser cliente frequente.
Mónica C.
Place rating: 4 Lisbon, Portugal
O verdadeiro Sapateiro de Lisboa, onde se engraxava os sapatos a rigor. É verdade, e ele bem confirma que as cadeiras já para nada servem. Entrei aqui porque percebi que este, era daqueles a antiga, que os sapatos entram mal amanhados e ficam quase novos nas mãos deste senhor. Tudo é feito com carinho e perfeição e percebe-se bem o quanto é entendido na matéria. O cheiro a cola, adoro, apesar de saber que não faz bem nenhum! O tempo de espera às vezes é superior ao que queríamos, mas não faz mal porque para pessoas assim, nós tempos sempre tempo! Espero que vejamos por mais tempo ainda estas lojas que tanto marcam a nossa Lisboa.
Joana M.
Place rating: 4 Lisbon, Portugal
Perguntei o nome da loja… riu-se,” não tem minha Senhora, e olhe que sou sapateiro aqui, à 51 anos”!!! Enternecedor…imagem típica que ainda registamos na nossa memória vinda da infância, este Senhor, com os óculos na ponta do nariz e o seu avental, é o «sapateiro» personificado! A loja, pequena e acanhada, cheiiiiiia de sapatos, exalava um cheiro que despertou em mim sensores, e me me fez inclusivé sentir uma certa nostalgia,…o cheiro a cola de sapateiro!!! Simpáticamente e porque encetei conversa, pedi-lhe para espreitar a loja. Acedeu. Tinha duas cadeiras, numa espécie de degrau, que como o próprio Senhor me explicou, eram usadas para sentar os digníssimos clientes, que vinham engraxar os sapatos. «Agora, estão ali porque fazem parte da casa.» disse o Senhor, sorrindo num encolher de ombros. Comovo-me sempre, ao deparar-me com estes ofícios quase extintos, que eram feitos com tanto amor e dedicação, muitos, negócios já herdados de geração em geração. Freguesia e trabalho, é o que ainda não falta a este doce sapateiro, pela quantidade de trabalho que vi em fila de espera. Esperemos que assim continue, e que nunca percamos, nós Portugueses, retratos tão nossos, tão especiais!