Purex

A minha primeira vez, no Purex! É verdade! Nunca tinha entrado neste bar, em pleno Bairro Alto, embora ali passé regularmente. Estava cheio quer dentro, quer junto à porta e, como sempre, com um ambiente jovem, divertido e extraordinariamente descontraído! A frequência do espaço, o atendimento eficaz atrás do balcão e o conceito «open mind» deste bar, vão-​me obrigar a lá voltar. Adorei.

O Purex é capaz de ser o único bar que me faz ir ao Bairro Alto nos dias que correm. É descontraído, a música é, por regra, boa, as bebidas são em conta e variadas (tem cocktails) e a decoração é muito gira, cheia de apontamentos kitsch. O único problema é ser demasiado pequeno para a vontade de dançar de quem lá passa, mas isso é um problema da maior parte dos bares do Bairro Alto.
De vez em quando há umas festas temáticas engraçadas, como a Festa do Emigrante, no Verão. O ambiente é sempre divertido e descontraído, e isso não se encontra em todo o lado.

É um bar no Bairro conhecido pelo público maioritariamente feminino, no entanto, verifica-​se que é frequentado por todo o tipo de pessoas que gostam de um bar descontraído, com musica alternativa e bebidas em conta. Nos dias mais calmos podemos aproveitar os bancos corridos que parecem saídos de um qualquer autocarro, nos dias mais confusos, os lugares sentados desaparecem mas seja lá dentro ou cá fora, existe sempre a possibilidade de nos divertirmos. De uma das vezes que fui tive a sorte de ver um pequeno show protagonizado em cima do balcão e dessa vez sim, estava cheio cheio lá dentro, mas sem stress. Volto sempre que posso!

Oficialmente, ainda é um bar lésbico. Na prática, acolheu toda a gente e de gays e héteros estão lá todos. O meu local de eleição pelos 18 anos, perdeu um bocado o encanto mas continua um dos melhores bares do bairro, embora bem pequeno.
Atravessa-​se a porta cor-​de-​laranja, passa-​se o corta-​vento e vêm-​se duas salas, a primeira com o balcão e com uns bancos corridos (e a casa de banho dos homens), a segunda com a casa de banho das mulheres e uns cadeirões. Em todo o lado se pode fumar. A música é indie with a twist, a fun twist.
Podia contar tantas histórias sobre o Puréx, afinal de contas foi lá que comecei oficialmente o meu primeiro namoro digno desse nome, mas o Unilocal já se cansa com as minhas confissões demasiado pessoais. Por isso apenas vou aconselhar: não bebam o bloody mary, e aproveitem as pessoas.

Este é o ponto de partida quase obrigatório da noite gay de Lisboa. A música é convidativa, para quem gosta de indie e alternativo, e o shot da casa — Silvestre — vale muito a pena. O convívio, no entanto, passa-​se mesmo à porta do bar. Façam como eu, vão entrando para ouvir uma ou outra música e beber um copo, mas aproveitem a simpatia e boa onda das pessoas que o frequentam e que passam horas a fio a confraternizar à porta. O único contra é que a rua das Salgadeiras tem bastante movimento, pelo que é aconselhável ter especial atenção a malas e carteiras.