Muxima de Angola

Wir waren im Februar 2015 wieder da.
Wieder alles bestens!
Und wir haben noch ein kleines Foto mitgebracht von der Cachupa und Moamba de galinha :))

Recomendo uma ida ao Muxima ao almoço, primeiro porque a comida é mesmo muito pesada e os pratos são muito bem servidos. Segundo porque à noite o ambiente aquece um pouco, é frequentado por muitos locais da Mouraria e uma comunidade de angolanos fieis que tornam não só o ambiente festivo e barulhento o que pode enriquecer a experiência, mas também pode tornar a espera muito demorada porque o restaurante é pequeno e familiar. De resto ao almoço ou ao jantar, recomendo. Bem servido, com sabores autênticos e uma confecção que liga os alimentos de forma perfeita pela mão de quem sabe mesmo. Já fui ao almoço e ao jantar mas só arrisquei os dois pratos mais tradicionais angolanos a moamba e a cachupa. Perfeitos os dois e com doses que quase dão para dois. Vou voltar.

O Muxima teve uma vida breve na zona dos Anjos, passando depois para a Calçada de Santo André. Um amigo meu, cuja mãe é angolana, já frequentava o restaurante e um dia convidou-​me para ir almoçar lá. Ali come-​se verdadeira comida angolana, que para muitos, alguns africanos incluídos, é um pouco pesada. É uma comida muito energética, com muita batata doce, banana pão, mandioca, feijão de óleo de palma e o conhecido funge. Também têm moambas, canjica e carnes grelhadas, mas o que podem comer aqui e dificilmente num outro sítio é o cacusso, um peixe de rio com o seu sabor característico. Vou lá regularmente e vou variando entre este peixe e um outro frito, que vem muitas vezes com kizaca, uma espécie de esparregado de folhas de mandioca que a minha mãe andava há anos com saudades de comer (as folhas vendem-​se numa mercearia do mercado da Ribeira, para quem quiser tentar fazer em casa). O vinho em jarro é razoável e o ambiente é tipicamente de restaurante de bairro, familiar, frequentado por muitos angolanos mas também gente da zona e até alguns turista que passam a caminho da Graça. O serviço é um pouco demorado porque é a Luísa quem sozinha controla a cozinha. É tudo feito na hora e sempre muito saboroso. O menu fica por 7 euros, mas uma dose dá bem para duas pessoas, pois é extremamente bem servido. É um sítio para ir com calma, pedir dois pratos por exemplo e saborear partilhando os sabores de Angola aqui mesmo ao pé. Aproveitem antes que a Luísa regresse ao seu país natal.

O Muxima é um restaurante simpático e despretensioso, que serve comida africana, principalmente angolana. Eu e alguns amigos passámos lá em frente uma noite depois de jantar, e como nos agradou o ar caseiro, resolvemos voltar passados uns dias. A maior parte de nós estava a olhar para o menu sem saber muito bem o que fazer, quando uma senhora muito simpática chegou à nossa beira e disse «Olá! Eu sou a Luísa, querem ajuda?». A partir daí explicou-​nos o que era tudo o que não conhecíamos e escolhemos vários pratos para provar.
Experimentámos moamba de galinha, carne seca, cachupa e um peixe de que nunca tinha ouvido falar, o cacusso, além dos acompanhamentos de funge, feijão de palma, banana cozinhada e batata doce. Tudo estava delicioso, mas eu fiquei absolutamente rendida ao peixe, que é grelhado e deve ter algum molho ou condimentos dentro que dá um sabor óptimo.
As sobremesas não são o forte desta casa, mas se se quisermos mesmo, pelo menos um mousse de chocolate com cheirinho arranjam.