A principal razão para escrever sobre este monumento, e o respectivo largo onde se encontra instalado, prende-se com o facto de considerar que este é um dos sítios mais mal aproveitados de Lisboa. Este chafariz urbano foi construído em 1755, tendo posteriormente integrado o sistema de abastecimento de água à cidade do Aqueduto das Águas Livres. Hoje em dia ainda podemos admirar a belíssima estrutura em mármore branco e rosa, composto por uma bacia, encimada de uma escultura alegórica de estilo barroco da autoria de António Machado. O largo está pavimentado com a típica calçada portuguesa. De frente para a escultura encontramos o antigo Palácio Alvor, que actualmente alberga o belíssimo Museu Nacional de Arte Antiga, e atrás o acesso para a Rua do Olival, que fica a uma cota superior, faz-se por uma dupla escadaria, disposta em cada uma das alas da praça. Em volta encontramos umas pequenas árvores e uns banquinhos, pelo que é um sítio agradável para descansar depois de um passeio. Infelizmente, o largo está quase sempre vazio. Provavelmente, os guias turísticos não apontam para a beleza deste conjunto. O que é uma pena, porque depois de um passeio sabe mesmo bem ficar ali a contemplar todo o largo e a belíssima escultura representando Vénus e Adónis, que dizem as más línguas, andaram metidos um com o outro.